terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Garoto e a ""Civilização"" selvagem.

 

Analisando um filme bem interessante chamado “O Garoto Selvagem” que mostra a história de um menino que foi abandonado na floresta e como esse pobre ser longe de um lar passou a ter costumes de um animal selvagem qualquer (então vejam como é fácil uma “desenvolução” do homem, baste deixar de ser civilizado, e por outro lado como é fácil essa evolução, em alguns meses se passa de macaco para homem)

 Não quero me estender em um estudo mais pedagógico do caso de um garoto que cresce na selva se tornando e agindo como um animal selvagem, se  possa ser colocado na sociedade e como a questão do homem e a sociedade e os instintos estão ligados nisso tudo.

 JAMAIS passa pela cabeça de quem analisa um filme como esse, em dizer “pobre garoto deveriam deixar ele no mato, como um animal” porque sabemos que a questão é humana e ver um garoto vivendo no meio do mato sem as mínimas condições humanas meche com qualquer um, que passa a torcer para que se tenha um final feliz, que possa ser educado por seu tutor e que seja socializado.


 Pois bem, a questão em um nível de história é a seguinte:

 Os homnes que aqui chegaram (portugueses) encontraram homens tão ou menos selvagens como um garoto abandonado na selva, povos que segundo se sabe, mas que narra Simão de Vasconcelos, eram tão bárbaros que praticavam o canibalismo, entre outros vícios que enumeram além de uma selvageria, uma decadência moral que é própria dos povos que viveram afastados da graça de Deus.
 Qual não deve ter sido a visão dos Portugueses que aqui chegavam ao dar de cara com esses “meninos selvagens” (acho que não preciso dizer muito mais)

 E o quanto eles tiveram que fazer um grande esforço (jesuítas acima de tudo) para resgatar essas criaturas de um mundo semi-animal para civilizar e CULTIVAR, em tal abismo que se encontravam os selvagens no Brasil. 

A grande conclusão do fato, sem discorrer muito sobre os dois parágrafos acima é que, como pode hoje em dia se defender que os índios teriam que ficar em seu estado bruto de selvagens nas terras e como os portugueses não deveriam ter feito nada em relação a eles .Se não fosse por esse “primeiro motor” português como diz Von Martius, o Brasil seria uma republica de índios pelados, que ainda comeriam criancinhas! Como se pode por um lado se condenar a omissão de qualquer um que deixasse um garoto selvagem vivendo no meio da mata, e condenar um agente civilizador questionando o fato da Europa no século XV ser civilizada e ao mesmo tempo querer defender o canibalismo aqui praticado como cultura!?

 São contradições essas que encontramos daqueles que se propõem ver a história como um berço para formação de retardados marxistas, que vão se revoltar com o fato mesmo desses homens serem civilizados (posso mencionar que os europeus não comiam carne humana, construíram as catedrais, etc... E SEM MENCIONAR O SIMPLES FATO DA GRAÇA DE DEUS QUE É O ÚNICO ELEMENTO QUE PODE ERGUER UMA SOCIEDADE)


 È algo imprescindível que ação colonizadora desenvolvida nessas terras foi um ato de almas nobres, que viram e se compadeceram desses garotos selvagens, pois poderiam ter tido apenas uma visão de povos mais fortes conquistando povos mais fracos o que sem um ponto de vista católico e da ação da graça de Deus nos homens é possivelmente normal e incondenável, pois se trata apenas de macacos evoluídos prendendo macacos evoluídos e não é uma relação de criaturas de Deus com o fim de salvar essas almas, de cultivá-las e civilizá-las.

 Queria apenas terminar essas divagações sobre o tema tão simples, de um menino selvagem e o quanto nos choca, e queremos que o menino possa ser socializado, para transferir isso para um contexto maior de povos selvagens que viviam sem roupa, sem construir nada, sem ter um legado, e que realmente devemos ter a mesma visão (de tutores)  com esses portugueses que eram maestros a cultivar e ensinar seus alunos.

 Acho que em mundo tomado pelo egoísmo onde um quer saber mais do que outro para ganhar mais dinheiro, é difícil conceber uma nobreza que não seja medíocre como nós somos, e às vezes esse tipo de coisa(o filme) faz  vermos a história de um ângulo diferente e percebemos o quanto estamos nos afastando do sentido dela, que não é outro se não o da Cruz de Cristo.





 

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